domingo, 13 de novembro de 2011

ARTILHARIA

MATERIAL DO PARQUE DE ARTILHARIA

Artilharia portuguesa
Azulejo do Museu Militar
Havia uma grande diversidade de material que fazia parte do Parque de Artilharia, todo ele era pintado de cinzento claro. Dentro desta grande variedade podemos destacar as seguintes viaturas:

CAIXÕES PARA MUNIÇÕES


Colecção particular




Colecção particular


 
Colecção particular















 
CARROS PARA TRANSPORTE DE BARCAS


Colecção particular



GALERAS


Colecção particular

Colecção particular













FORJAS DE CAMPANHA


Colecção particular




Colecção particular




Colecção particular




Artilharia portuguesa em acção
Azulejo do Museu Militar (pormenor)

Texto e ilustrações:marr

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

ARTILHARIA


MATERIAL

Portugal sempre foi um país com grande tradição no fabrico de pe-ças de artilharia, a partir do século XIV, nos Arsenais do Continente e nos das possessões Ultramarinas. Tornaram-se celebres as peças fabricadas na fundição do Chunambeiro por Manuel Tavares Bocarro,  que pertencia a uma família de fundidores de artilharia, e que em tal mister se notabilizaram em Goa, na Índia, no século XVII. Em Macau existia uma peça fundida por Bocarro que tinha calibre 36, tendo-se tornado célebre devido à sua imponente dimensão.

Gravura da época - Colecção particular

PEÇAS


 No início da Guerra Peninsular a Artilharia era composta por peças de bronze com o calibre de: 3, 6, 9 e 12, que podiam ser montadas em reparos de campanha, sítio, praça, praça e costa.


Gravura da época - Colecção particular


Gravura da época - Colecção particular

















PEÇA PORTUGUESA MONTADA NUM REPARO RESTAURADO

                                                                                                                                                                                         





























OBUSES
Em bronze, de calibre 6 e 9, podendo ser montados em reparos de campanha, sítio, praça, praça e costa.


Gravura da época - Colecção particular

Gravura da época - Colecção particular



























REPAROS
Todo o material português era pintado de cinzento, como o inglês, contudo as gravuras da época que se apresentam encontram-se aguarelados de amarelo(a), possivelmente para se poder ver melhor os pormenores e as respectivas letras referentes à nomenclatura.

CAMPANHA:

Gravura da época - Colecção particular


Gravura da época - Colecção particular



Gravura da época - Colecção particular



Gravura da época - Colecção particular



Gravura da época - Colecção particular
SÍTIO:

Gravura da época - Colecção particular


PRAÇA:



Gravura da época - Colecção particular
  
Gravura da época - Colecção particular











PRAÇA E COSTA:





Gravura da época - Colecção particular
























Gravura da época - Colecção particular
  
























PEÇA E REPARO DE MONTANHA
De calibre 3.


Gravura da época - Colecção particular



MORTEIROS


De calibre 10 e 12, além de outros mais pequenos (morteiretes), montavam-se sobre falcas


Gravura da época - Colecção particular









































Gravura da época - Colecção particular
























 
OBUSES DE SÍTIO
De calibre 15, montavam-se sobre o cepo



Gravura da época - Colecção particular







































Gravura da época - Colecção particular




















PEDREIROS
Eram bocas de fogo de fabricação antiga, extremamente curtas e que atiravam balas de pedra, eram montados em falcas, como os morteiros.

Gravura da época - Colecção particular



(a) Este álbum de artilharia já foi adquirido assim colorido á mão.

Texto e ilustrações: marr

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ARTILHARIA

ARMAMENTO INDIVIDUAL

OFICIAIS

O armamento era em tudo igual ao dos oficiais de infantaria (a)

OFICIAIS INFERIORES E PRAÇAS


Aguarela de Carlos Ribeiro
Editado pela revista "Defesa Nacional"
Colecção particular

ESPINGARDA:
De modelo mais curto do que a de infantaria, de fabrico nacional ou de origem inglesa.


Espingarda de artilharia,  modelo português
Colecção particular


ORDEM DO DIA DE 6 DE ABRIL DE 1809

Conforme se pode ler, por esta Ordem do Dia, foi decidido que " os Corpos de Artilharia usam de espingarda, quando estas só servem pelo seu uso de incomodo aos artilheiros, e de impedirem, que eles sirvam a artilharia com presteza quando ao mesmo tempo há falta de espingardas". Ficou então estipulado que os artilheiros passassem a utilizar uma pistola e "espada", tendo a maioria adoptado o terçado de modelo português ou inglês.

Colecção das Ordens do Dia de 1809
Página referente à Ordem do Dia de 6 de Abril de 1809
Colecção particular


Pistola  modelo português
Colecção particular


ESPADA:
Curta de lamina direita e com guarda-mão em latão, fiador como a Infantaria (b).


Espada para artilheiro, modelo português
Colecção particular

 
TERÇADO:
De modelo igual ao da Infantaria, assim como os respectivos fiadores (b).


Terçado
Colecção particular

a) Vide "post" de 4 de Outubro do corrente ano.
b) Vide "post" de 14 de Agosto do corrente ano 

Texto e ilustrações: marr


terça-feira, 1 de novembro de 2011

A ARTILHARIA

ORGANIZAÇÃO

Coronel Comandante do Regimento
de Artilharia N.º 2
Uniforme de Verão - Serviço Montado
1806/1810
Colecção particular

A Guerra Peninsular apanhou a nossa artilharia com a organização de 1796, tendo-se depois ao longo da guerra efectuado algumas alterações.

DECRETO DE 1 DE AGOSTO DE 1796

Original do Decreto de 1 de Agosto de 1796
Colecção particular
COMPOSIÇÃO DE UM REGIMENTO DE ARTILHARIA

ESTADO-MAIOR:
1 Coronel; 1 Tenente-Coronel; 1 Major; 1 Ajudante; 1 Quartel-Mestre; 1 Capelão; 1 Secretário; 1 Cirurgião-Mor; 6 Ajudantes de Cirurgião; 1 Tambor-Mor e 1 Preboste. TOTAL: 16 militares

COMPANHIA DE BOMBEIROS:
1 Capitão; 1 Tenente; 1 Segundo-Tenente; 2 Sargentos; 1 Furriel; 6 Artífices de Fogo; 2 Tambores e 110 Soldados. TOTAL: 124 militares.

COMPANHIA DE MINEIROS:
TOTAL: 118 militares, por não terem Artífices de Fogo.

Regimento de Artilharia N. 2
Tambor-Mor; Pífano; Tambor - Uniforme de Verão - 1806/1810
Colecção particular
COMPANHIA DE PONTONEIROS:
TOTAL: 118 militares conforme a anterior.

1.ª. 2.ª, 3.ª, 4.ª e 5.ª COMPANHIAS:
TOTAL: 118 militares cada companhia,incluindo 2 Pífanos no lugar dos Tambores.

6.ª e 7.ª COMPANHIAS:
TOTAL: 117 homens cada companhia, incluindo 1 Pífano no lugar dos tambores

Recapitulação da força de um Regimento de Artilharia a 10 Companhias e 1 Estado-Maior: 1 200 militares


Regimento de Artilharia N.º 2
Capitão - Uniforme de Inverno - 1806/1810
Colecção particular





























DECRETO DE 19 DE MAIO DE 1806

Este Decreto contemplou a Artilharia dentro da mesma filosofia que se tinha aplicado à Infantaria, perdendo o nome da terra onde tinha a sua sede, passando a ser numerados:
Regimento de Artilharia N.º 2
Artilheiro com uniforme de Inverno - 1806/1810
Colecção particular

DENOMINAÇÃO DOS REGIMENTOS DE ARTILHARIA

      Antes de 1806                                                  Depois de1806
             Corte                                                                     1
           Algarve                                                                    2
          Estremoz                                                                  3
                 Porto                                                                     4



Regimento de Artilharia N.º 1
Capitão - Uniforme de Inverno 1806/1808
Colecção particular

Regimento de Artilharia N.º 2
Major - Uniforme de Verão Passeio
(sem gola de serviço)
1806/1808
Colecção particular
































 
EDITAL DE 30 DE SETEMBRO DE 1808
Por este Edital estabeleceram-se os lugares das sedes dos Regimen-tos de Artilharia.

      Artilharia N.º                                                      Localidade
               1                                                          São Julião da Barra
               2                                                                      Faro
               3                                                                  Estremoz
               4                                                                     Porto



 
ORDEM DO DIA DE 21 DE MARÇO DE 1809
Por esta Ordem foi criado um Comando Geral da Arma de Artilharia, na pessoa do Brigadeiro José António Rosa, tendo sido pela Ordem do Dia de 27 de Março de 1809, reforçados os seus poderes, determinando-se que: "(...) além de comandas os quatro Regimentos de Artilharia e os respectivos destacamentos, passa a ter o Comando em geral de todos os diversos ramos da Artilharia(...)"



Regimento de Artilharia N.º 3
Tenente-Coronel - Uniforme de Inverno - 1806/1810
Colecção particular

ORGANIZAÇÃO DE UMA BRIGADA DE ARTILHARIA
NA SUA COMPOSIÇÃO COMPLETA, INCLUINDO AS RESERVAS
DE
JULHO DE 1809

BRIGADA:
1 Capitão; 1 Primeiro-Tenente; 1 Segundo-Tenente; 3 Sargentos; 7 Cabos; 2 Tambores e 80 Artilheiros.

PARA O TREM:
1 obus de 5; 5 peças de 6; 13 carros de pólvora; 1 carro de forragens; 1 carro de bagagens e 1 forja de campanha.

MUNIÇÕES:
72 granadas; 18 metralhas; 400 cartuchos com bala para peça; 200 cartuchos com metralha para peça; 72 cartuchos de 15 onças e 26 de 20.

PRIMEIRA RESERVA (esta devia seguir a Brigada à distância de 2 léguas):
24 granadas completas; 6 de metralha, 24 cartuchos de 15 onças; 12 cartuchos de 20 onças; 200 cartuchos para bala (à boulet) para peça; 100 cartuchos para metralha para peça; 6 carros de campo; 8 paisanos para os carros; 14 bois; 200 ferraduras; 800 cravos e 2 rodas para carros.

SEGUNDA RESERVA (devia seguir a Brigada à distância de 6 léguas):
40 granadas completas; 12 de metralha; 48 cartuchos de 15 onças; 24 cartuchos de 20 onças; 400 cartuchos de bala; 200 cartuchos com metralha; 1000 escorvas; 24 pacotes de mecha; 12 carros de campo; 26 bois; 26 paisanos para os carros; 200 ferraduras; 800 cravos e 2 rodas para carros.



PLANO PARA A ORGANIZAÇÃO DOS REGIMENTOS DE ARTILHARIA
DECRETO DE 20 DE OUTUBRO DE 1809
(ORDEM DO DIA DE 24 DE OUTUBRO DE 1809)

Livro da Colecção das Ordens do Dia de 1809
Colecção particular

ESTADO-MAIOR:
1 Coronel; 1 tenente-Coronel; 1 Major; 1 Ajudante; 1 Quartel-Mestre; 1 Capelão; 1 Cirurgião-Mor; 3 Ajudantes de Cirurgião; 1 Mestre de Música; 8 Músicos; 1 Tambor-Mor e 2 Pífanos: TOTAL: 22 militares.

COMPANHIA DE BOMBEIROS:
1 Capitão; 1 Primeiro-Tenente; 2 Segundos-Tenentes; 1 Primeiro Sargento: 4 Segundos Sargentos; 1 Furriel; 6 Artífices de Fogo; 8 Cabos de Esquadra; 2 Tambores e 92 Soldados: TOTAL: 118 militares

COMPANHIA DE MINEIROS; COMPANHIA DE PONTONEIROS, 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.º, 6.ª, e 7.ª COMPANHIAS: 112 militares, cada uma, por não terem os 6 Artífices de Fogo.

TOTAL DAS DEZ COMPANHIAS: 1 126 militares.

Recapitulação da força de um Regimento de Artilharia no seu estado completo: 1 148 militares.

Texto e ilustrações: marr