sexta-feira, 20 de maio de 2011

DISTINTIVOS HIERÁRQUICOS

DISTINTIVOS
 PARA
 OFICIAIS INFERIORES E PRAÇAS

ANSPEÇADA
Um galão de lã amarela com um centímetro de largura colocado à roda dos canhões das mangas.

CABO
Dois galões de lã amarela com 1 cm de largura colocados à roda dos canhões das mangas
Colecção particular


FURRIEL
Uma dragona com franja de retrós amarelo no ombro esquerdo e outra sem franja no direito


SEGUNDO SARGENTO
 OU
 TAMBOR MOR
O contrário do Furriel

 
PRIMEIRO SARGENTO
Uma dragona, em cada ombro, com franja de retrós amarelo


CADETE
Um galão dourado colocado à volta da dragona de pano e uma estrela dourada colocada em cada braço

Galão

Dragona de pano com  galão

















Franja de canotilhos dourados nas borlas da barretina


Cadete da Companhia de Caçadores em uniforme de Verão
Por especial autorização do mestre Carlos Alberto Santos
Colecção particular
 

PORTA-BANDEIRA
Uma dragona(1) de escama de metal dourado em cada ombro, sem franja nem canotilhos



DISTINTIVOS
 PARA
 AS DIVERSAS GRADUAÇÕES DOS OFICIAIS

ALFERES
Uma dragona com franja no ombro esquerdo e outra sem no direito

TENENTE
O contrário do Alferes


CAPITÃO
Uma dragona em cada ombro com franjas


SARGENTO MOR
(este posto mais tarde deu origem ao de Major)
Uma dragona com franja e canotilhos grossos no ombro esquerdo e outra só com franjas no direito

TENENTE-CORONEL
O contrário do Sargento Mor


CORONEL
Uma dragona em cada ombro com franja e canotilhos grossos


DRAGONAS

Padrão para dragona, mod.1806
Colecção particular

As dragonas para os oficiais inferiores eram de escamas de metal amarelo (latão) e as franjas de retrós amarelo

Para os oficiais eram de escamas de metal dourado e havia franjas e canotilhos, tudo dourado e com brilho.

 DIVERSOS MODELOS ORIGINAIS DE DRAGONAS



Colecção particular

Colecção particular












Frente
Colecção particular

Verso
Colecção particular

























Os modelos das dragonas apresentadas abaixo, provavelmente por uma questão económica, passaram a ser fundidas numa só peça. Supõem-se que talvez correspondam a uma evolução do modelo de 1806.



Colecção particular



Frente
Colecção particular

Verso
Colecção particular























Colecção particular





Colecção particular












(1) A esta dragona desprovida de franjas passou a chamar-se mais tarde de charlateira

Texto e ilustrações: marr



domingo, 8 de maio de 2011

INFANTARIA E ARTILHARIA

CORES DISTINTIVAS

Editam-se seguidamente os quadros sinópticos das cores distintivas ou particulares dos uniformes dos Regimentos de Infantaria e Artilharia, assim como os quadros da constituição das unidades de Infantaria em Brigadas e as respectivas Divisões Militares.

Como foi dito, as cores distintivas apresentavam-se nas golas, nos canhões das mangas, no forro e nos vivos das fardas. Já o penacho indica-nos a cor da Arma: branco para a Infantaria e preto para a a Artilharia.

Havia, igualmente, as cores das Regiões Militares onde os Regimentos tinham quartéis  permanentes, essa cor apresentava-se no forro da farda, nos vivos e nos cordões das barretina, assim: o amarelo indicava-nos a Região Norte, o branco o Centro e o encarnado o Sul. 

INFANTARIA








ARTILHARIA

Texto e ilustrações: marr

quinta-feira, 5 de maio de 2011

INFANTARIA E ARTILHARIA

DOS UNIFORMES EM PARTICULAR

Além dos diversos componentes de uniformes e que eram comuns a todos os militares, ainda havia diversas particularidades distintivas que nos indicavam quais as funções  ou "especialidades" que eles tinham.


COMPANHIA DE GRANADEIROS

BARRETINA
(para todos os postos)
Modelo regulamentar, tendo na chapa de metal amarelo, que se encontra acima da pala, uma granada gravada em alto relevo com o número do regimento em aberto no meio.
Colecção particular

DRAGONAS
(para praças)
De pano, modelo regulamentar, sendo guarnecidas, pelo lado do pregado da manga, com franjas curtas de lã azul ferrete e da cor do forro da farda.
Aguarela do mestre Carlos Alberto Santos
Por especial autorização
Colecção particular


COMPANHIA DE CAÇADORES

Pela organização do Exército de 1796 todos os Regimentos de Infantaria passaram a ter uma Companhia de Caçadores. Com a publicação do Decreto de 14 de Outubro de 1808, estas foram extintas, tendo sido criado em sua substituição os Batalhões de Caçadores (1).


Original do Decreto de 1 de Agosto de 1796
Colecção particular


Original do Decreto de 1 de Agosto de 1796
Colecção particular


BARRETINA
(para todos os postos)
Modelo de 1806, tendo na chapa de metal amarelo, que se encontra logo acima da pala, uma trompa de caça gravada em alto relevo, na volta da trompa encontra-se em aberto o número do regimento.
Colecção particular

DRAGONAS
(para praças)
De pano, modelo de 1806 guarnecidas pela parte do pregado da manga, por franja curta de lã verde escuro.
Colecção particular


PORTA-MACHADO

Estes militares faziam parte da Companhia de Granadeiros.

BARRETINA
Modelo de 1806, tendo na chapa de metal que se encontra logo acima da pala, gravado em alto relevo dois machados em aspa e no meio, onde se cruzam os cabos dos machados, o número do regimento em aberto.

DRAGONAS
De pano, modelo de 1806, com a franja igual e da cor dos da Companhia de Granadeiros.

AVENTAL
De couro branco com peitilho

LUVAS
De couro branco com canhões altos de anta (couro mais forte).


Observação: a barba comprida era obrigatória para todos os porta-machados
Colecção particular
(1) - Assunto a tratar na devida altura

Texto e ilustrações:marr


terça-feira, 3 de maio de 2011

JOSÉ JOAQUIM CHAMPALIMAUD 1771 - 1825

Filho do oficial francês de engenharia José Chapalimaud de Nussane e de sua mulher D. Clara Maria de Sousa Lira e Castro. Nasceu em São Miguel de Fronteira, no Concelho de Valença no ano de 1771.


Colecção particular
Assentou praça de menor com a idade de oito anos no Regimento de Infantaria de Valença. Aos dezoito anos foi reconhecido como Cadete e foi transferido para o Regimento de Artilharia do Porto. Aos vinte anos de idade foi promovido a oficial (1791) e no ano seguinte entrou como Segundo-Tenente na Companhia de Brulotes da Marinha, tendo embarcado na fragata D.João Príncipe do Brasil.


Em 1795 foi promovido a Primeiro-Tenente, tendo passado para o exército de terra. No ano de 1797 regressou à sua unidade de origem já com o posto de Capitão tendo participado na infeliz Campanha de 1801.


Quando Junot entrou em Portugal já tinha sido promovido a Major, tendo sido convidado para se incorporar na Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão, tendo de imediato apresentado a sua demissão, não querendo de modo algum servir o estrangeiro invasor.


Quando rebentou a revolução contra os franceses voltou ao serviço nacional, tendo sido promovido a Tenente-Coronel em 1808. Distinguiu-se na Defesa do Porto, sendo promovido a Coronel nesse mesmo ano.

Comandou interinamente uma Brigada composta dos Regimentos de Infantaria n.º 9 e 21 que se distinguiram muito na Batalha do Buçaco, tendo por isso sido nomeado na Ordem do Dia de 1 de Setembro de 1810.

Ordens do Dia
referentes ao ano de 1810
Colecção particular

 



Nomeado Brigadeiro, continuou à frente da sua Brigada, que adquiriu verdadeira celebridade durante a Guerra Peninsular, e à qual em grande parte se deveu o Sítio e Tomada de Badajoz.

Tropas acantonadas em Elvas na véspera do Cerco de Badajoz
Estampa da época Colecção particular

Não seguiu o Exército no resto da campanha, porque ficou desde 2 de Julho de 1812 Governador da Praça de Valença. Em 1815 foi promovido a Marechal-de-Campo e ocupou diversas comissões correspondentes ao seu posto, conservando-se alheio a todas as agitações políticas desse tempo.


Faleceu no dia 5 de Maio de 1825, com a idade de 54 anos, quando desempenhava o cargo de Governador da Praça de Elvas.

Coorden. do texto:marr

domingo, 1 de maio de 2011

INFANTARIA E ARTILHARIA

UNIFORME MODELO DE 1806/1809
PARA
OFICIAIS


 
BARRETINA
Igual à dos Oficiais Inferiores e Praças, sendo as chapas de metal dourado, o laço nacional de seda; penacho de plumas e os cordões além das duas cores (azul ferrete, mais a cor do forro da farda) acrescenta-se fio dourado.


 
CASACA
Sargento-mor do Regimento de Infantaria N.º 19
Uniforme de Verão
Colecção particular
Confeccionada em pano entre fino ou de melhor qualidade, corte e feitio igual à dos Soldados e Oficiais Inferiores, contudo as abas são diferentes, além dos dois botões que se encontram sensivelmente por altura dos rins, acrescentam-se mais quatro com o respectivo vivo, tudo conforme se vê nas figuras.







Colecção particular










Colecção particular





Colecção particular


















 
CAPOTE
Assertoado, de pano azul ferrete fechando por intermédio de duas filas de botões iguais aos da farda. Gola e canhões das mangas da cor particular da respectiva unidade (1).


Tenente do Regimento de Infantaria N.º 20
Uniforme de Inverno com capote
Colecção particular



 



Colecção particular






















 

 

BANDA

Colecção particular

De retrós (fios de seda) encarnado terminando em duas borlas com franjas azuis e brancas. Esta utilizava-se atada sobre a farda, ficando as borlas pendentes e curtas sobre o quadril direito.







 
GOLA DE SERVIÇO
Modelo do Plano de Uniformes
Colecção particular

Em forma de meia-lua de metal dourado, tendo ao centro as Armas de Portugal em prata. Estas golas suspendiam-se ao pescoço por intermédio de um cordão de fio dourado ou por fitas e eram utilizadas por todos os oficiais em acção de serviço. Como se pode observar, existiam muitos modelos e raramente se encontram dois iguais. Talvez devido a diversificação de artesãos que as confeccionavam, os diferentes cunhos, etc.



Modelo original
Colecção particular
 





Modelo original
Colecção particular

















Modelo original
Colecção particular



 
DRAGONAS
De escama de metal dourado, com a respectivas franjas de canutilho ou canutão, conforme a patente do oficial. Existia uma grande diversidade de modelos de dragonas (2)

Modelo original
Colecção particular


BOTIFARRAS
De couro preto
Colecção particular


 


SERVIÇO MONTADO
Os oficias que faziam serviço montado vestiam calção, botas e esporas do modelo da Cavalaria, assim como o equipamento do cavalo, xairel, capeladas, cabeçada, etc (3)




Notas:
(1) A banda de retrós, a gola de serviço, o talabarte ou boldrié são colocados sobre o capote.
(2) Assunto a abordar quando se tratar dos graus hierárquicos
(3) Assunto abordar quando se tratar da cavalaria.


Coronel do Regimento de Infantaria N.º 23 - Uniforme de Inverno
Colecção particular


Texto e ilustrações:marr